Em busca do parto normal (parte 2)
Minha inicial certeza pelo parto normal passou um tempo por um grande medo de não conseguir parir naturalmente. Mas não é um medo de o trabalho de parto não evoluir. É medo de ir para a maternidade, chegar lá, e acabar sendo convencida pelo médico a fazer a cesárea.
Então passei por uma fase quase que obsessiva, de pesquisas e questionamentos.
Um deles foi: por que eu quero tanto o parto normal?
Comecei, então a responder:
1. Primeiro começamos pelo básico: parir é natural. Nosso corpo foi feito para isso.
2. A natureza é perfeita, e todo o processo pelo qual passamos durante o trabalho de parto é conduzido por hormônios da mãe e do bebê.
3. A dor é psicológica. Não vou dizer que ela não existe (e nem posso, ainda não pari). Mas imagino que a intensidade da dor seja proporcional a como a encaramos.
4. E não é qualquer dor. Nosso corpo produz hormônios que nos ajudam a aquentar a dor, e até a esquecê-la logo após o parto.
5. O bebê não é mero coadjuvante. É o seu corpinho que libera as substâncias que desencadeiam o trabalho de parto. Ele participa de tudo.
6. Isso significa que ele nasce quando realmente está pronto para isso.
7. Porque quero SENTIR meu filho nascer. Ajudá-lo a vir ao mundo.
8. Porque durante o trabalho de parto, mãe e filho atuam juntos – pela primeira vez na vida – em prol de um mesmo objetivo. É um trabalho em equipe.
9. Porque ao longo do trabalho de parto, o corpinho do bebê amadurece e fica pronto para a vida aqui fora.
10. Porque ao parir, meu corpo naturalmente vai compreender o que está acontecendo. E isso vai facilitar a recuperação pós-parto.
11. Porque ao passar pelo canal vaginal, o corpinho do bebê expele os líquidos que estavam dentro dele durante a vida intrauterina, e assim minimizamos as chances de complicações respiratórias.
12. Porque durante o trabalho de parto nosso corpo libera a ocitocina, também conhecida como hormônio do amor.
Nem precisava de mais nenhum além do último né?
É por esse medo que eu não vou abrir mão de ser acompanhada por uma médica que não só indica parto normal às vezes, mas que entende que apenas a cesárea precisa de indicação, pq o normal deveria ser o padrão. Se não for com ela, eu tenho certeza q ficaria insegura com qualquer outra indicação do médico (e vai q é necessária mesmo?).
Então acho q a saída é conhecer mesmo o histórico do seu médico, pra poder confiar.
Você vai conseguir!
Pois é, eu fiquei um pouco nessa neura de me precaver de todas as formas. O melhor mesmo é estar acompanhada de uma equipe de confiança. Depois eu conto aqui sobre meu caminho até chegar a uma doula.
Beijos
Incrível como nos últimos dias tenho me agarrado em todos esses argumentos. Estou com 39 semanas e extremamente cansada. Tenho dilatação desde a 30ª semana e cheguei nos 7 cm nos últimos dias. O bebê está encaixado, mais baixo e o colo afinando. Ou seja, tudo pronto. Falta só um detalhe: ele estar preparado para nascer e mandar os sinais. Então ouço perguntas mil: já nasceu? Não tá na hora? E outras pressões que acabam me deixando super ansiosa. Ou seja, se eu não tivesse plena certeza de que o PN é a melhor escolha – pra mim e pro bebê -, já teria optado por uma cesárea ou indução (que poderia me levar a uma cesárea caso algo não desse certo). Enquanto isso me mantenho firme… e na constante espera…
Beijos, Ananda.
Nossa, Nanda, só imagino! O pior é que ainda estás de 39 semanas, ô povinho apressado!
Acho que quando chegar a hora vou falar pra todo mundo: “na última consulta o médico deu um prazo de mais uma semana”. Assim fica todo mundo esperando só pra 41ª semana e dá um pouquinho de paz…
Mas eu também acho que se eu fosse um pouquinho propensa à cesárea, já marcaria, afinal, “ninguém merece” parir em período de Festas!
Beijos
Exatamente! Imagina se ela só decidir nascer com 42 semanas? Família vai me enlouquecer na ansiedade!
Meninas, vejam o blog da Juliana. O bebê essa semana nasceu com 42 semanas exatas. http://www.milagredagravidez.blogspot.com.
42 semanas não, pelamorededeus… isso pra mim significa 2013!!